Como tornar uma aula inclusiva?

Uma aula inclusiva necessita de três pilares básicos.
Segurança, sentido de pertença e progresso/crescimento.
A segurança permite que o cérebro tenha disponibilidade para aprender. Um cérebro que se sente ameaçado tem uma resposta instintiva, sem qualquer intervenção da razão. Para o cérebro, perante uma ameaça existem 3 possibilidades: lutar, fugir ou congelar. Sempre que um aluno se sente ameaçado, o seu instinto vai estar focado em garantir a sua segurança e escolher qual a melhor forma de responder à ameaça com que se depara. Estabelecer regras, compromissos, responsabilidades e direitos que balizem o que é aceitável e expectável acontecer naquele contexto é uma das melhores estratégias.
O sentido de pertença é fundamental. O sentimento de exclusão provoca dor similar à dor física, porque ativa exatamente a mesma área do cérebro. Quando um aluno recebe tarefas de acordo com as suas habilidades e apetências está a ser aceite e respeitado, sente-se como uma parte daquele grupo que é a turma e, desta forma, vai estabelecendo vínculos.
Para haver progresso/crescimento é necessário permitir que cada aluno desenvolva o seu potencial. A capacidade de arriscar e aceitar as consequências é tanto maior quanto mais formos capazes de demonstrar que os erros são um momento de aprendizagem importante, pois permitem recomeçar num ponto mais avançado, que já inclui as conclusões retiradas do erro. E celebrar, sempre, o esforço e o empenho.