Quem mais brinca mais aprende

25-05-2021

"O recreio é tão ou mais importante do que as questões académicas", quem o diz é Bárbara Saldanha, a entrevistada desta semana. Psicomotricista e fundadora da Beijinhos & Abraços, parceira da Smart Play. Apaixonada pelo desenvolvimento infantil e parentalidade, faz orientação e aconselhamento parental, coaching e babysitting.
Podem parecer coisas distintas à partida, mas para alcançar melhores resultados escolares contribuem, e muito, o desenvolvimento físico e psíquico. Portanto, correr, saltar, subir escadas ou fazer colares para as bonecas são brincadeiras muito sérias.
Por exemplo, os jogos tradicionais de rua, para além do divertimento intrínseco que proporcionam, ao desenvolverem as noções de espaço contribuem para que as abstrações necessárias à aprendizagem da matemática sejam facilitadas.
Por outro lado, promovem o controlo inibitório, uma competência que permite às crianças inibir os seus impulsos automáticos e recorrer à razão e atenção para adequar o seu comportamento àquilo que é esperado de si numa sala de aula.
O controlo inibitório faz parte das funções executivas, onde está, também, a memória de trabalho e a atenção, Longe de ser uma coisa de crianças, o controlo inibitório é uma competência que vamos desenvolvendo ao longo da vida, no entanto, o crescimento mais acentuado dá-se entre até aos 8 anos. "É a brincar que a criança aprende. Porquê? Porque é o que motiva a aprendizagem. Quanto mais lúdico for o processo de aprendizagem mais rapidamente a criança aprende. Porquê? Porque os interesses da criança devem ser o foco", reforça Bárbara Saldanha.
As aprendizagens mais efetivas através da ludicidade não são exclusivas das crianças, uma vez que entre outras razões, os neurónios aprendem mais quando se emocionam e quando estão motivados, sendo esta, portanto, uma característica comum a crianças e adultos.
E para quem se está a questionar sobre a forma de operacionalizar tudo isto, Bárbara Saldanha deixa algumas dicas, das quais destacamos estas duas: "Os professores, quando estão a planear as suas aulas, perguntarem-se: "como é que posso passar este contexto com o corpo todo em movimento?"", exemplifica. Já para os pais, considera que o mais importante é promover a autonomia das crianças, um processo evolutivo que abre portas para inúmeras outras possibilidades de desenvolvimento e aprendizagens. 

Entrevista completa disponível nestas plataformas (e nos principais agregadores de podcast):  

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