Exercício físico ajuda a aprender

Adicionar movimento ao estudo é uma forma muito eficiente de ajudar o cérebro a conservar a informação que está a aprender. Os movimentos potenciam a concentração e obrigam os dois hemisférios a trabalhar em simultâneo. Havendo uma comunicação mais eficaz entre os neurónios, naturalmente que as capacidades cognitivas são desenvolvidas.
E, não se trata de teorias, mas sim de respeitar a forma de funcionar do cérebro.
O equilíbrio e o desenvolvimento da consciência do nosso corpo em si mesmo e também relacionado com aquilo que se encontra num dado espaço são fundamentais. Os alunos com défices neste âmbito podem revelar dificuldade de aprendizagem:
- na leitura
- organização do trabalho escrito
- compreensão de conceitos matemáticos abstratos
- reprodução de conceitos matemáticos abstratos e formas.
Alunos com uma perceção espacial pouco desenvolvida podem apresentar dificuldades na leitura, na escrita e na matemática
Existem vários movimentos que contribuem para desenvolver a perceção espacial, particularmente aqueles que cruzam a chamada linha média, ou seja, os que implicam rotação do lado esquerdo do corpo para o lado direito e vice-versa (braços abertos paralelos ao chão, alinhados pelos ombros, a mão direita toca lateralmente na mão esquerda e vice-versa. O corpo roda só até à cintura. As pernas permanecem na mesma posição)
"Está tudo muito certo, mas como é que incluo exercício físico num momento de estudo?"
Esta é a primeira dúvida que surge, quer aos professores, quer aos pais.
Basta 1 minuto. Não é necessário fazer uma aula de educação física. Apenas inserir um pouco de movimento a dada altura, interrompendo o decorrer da aula ou o processo de estudo. Nem é necessário que os alunos se levantem da cadeira.
Outra questão frequente é saber se será fácil retomar o trabalho depois deste momento de pausa tão ativo. É fácil, sim! Porque esta paragem tem duas grandes mais valias retemperadoras.
Primeiro, por implicar movimento, é um boost de oxigénio para o Sistema Nervoso. Nas aulas os alunos estão sentados, no centro de estudos estão sentados, em casa quando estudam também é sentados que estão. Esta imobilidade convencionada no processo de aprendizagem/estudo faz com que o oxigénio cerebral e corporal fiquem estagnados. E, sempre que há uma diminuição do oxigénio aumenta a dificuldade de concentração e memória.
Em segundo, por ser um recreio cerebral, permite ao hipocampo ter tempo para processar a informação que recebeu até ali e diminuir a sensação de sobrecarga originada pelos conteúdos da aula ou estudo. Por ser uma pausa, dá a possibilidade de diversão e riso, com consequente libertação de endorfinas.
Portanto, esta pausa curta dá as condições adequadas ao sistema nervoso para voltar a focar-se e mais energia ao corpo e ao cérebro.
Veja aqui, aqui e aqui alguns exemplos que pode pôr em prática, na escola ou em casa